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Levantamento aponta redução do índice de infestação do Aedes em Salvador

Por Redação em às | Foto: Divulgação

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Pela segunda vez consecutiva, o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) apresentou redução da infestação do mosquito em Salvador. O estudo realizado entre 1º e 05 de outubro apontou que o Índice de Infestação Predial (IIP) da cidade passou de 2,6% (julho/2018) para 2,1% agora em outubro, ou seja, a cada 100 imóveis visitados, pouco mais de dois deles apresentaram focos do vetor. De acordo com o levantamento, os depósitos preferenciais estão dentro dos domicílios ao nível do solo como vasos e pratos de plantas e bebedouros de animais. 


Apesar da redução do indicador, Salvador permanece em estado de alerta para ocorrência de uma epidemia de dengue, zika vírus e chikungunya. Para evitar o aumento da proliferação do mosquito nesse período do ano, a Secretaria Municipal da Saúde divulgará na quinta-feira (1º) um Plano Operacional para Combate ao Aedes no Verão.


"Vários fatores contribuem para o aumento do indicador nesta época do ano. As condições climáticas com chuvas e forte calor facilita a reprodução dos mosquitos. Outro fator a ser considerado é o armazenamento de água em depósitos a nível de solo, local onde as equipes de campo mais encontram focos do Aedes aegypti, sendo que esta situação está ligada a intermitência no fornecimento de água. Naturalmente, quando não há um fornecimento regular de água nas residências as pessoas buscam se organizar através do armazenamento em recipientes, que são prato cheio para proliferação do vetor se não estiverem devidamente tampados ou cobertos", explicou Isolina Miguez, subcoordenadora das Ações de Combate ao Aedes de Salvador. 


Casos das doenças – Em 2018, Salvador tem apresentado queda acentuada no número de casos notificados de dengue, zika vírus e chikungunya. Os dados apontam para a eficácia das estratégias aplicadas pelo município no controle da infestação pelo mosquito Aedes aegypti nos 12 distritos sanitários da capital baiana com a realização de mutirões de limpeza conjuntamente com técnicos da Limpurb em bairros prioritários, visita dos agentes de endemias casa, além da abertura de imóveis fechados/abandonados.


Entre janeiro e outubro deste ano, 1.097 casos de dengue foram notificados. No mesmo período do ano passado, 1.685 pessoas tiveram suspeita de infecção pelo agravo. Em relação à chikungunya, o registro foi quase sete vezes menor, com 55 notificações até agosto contra 275 no ano anterior. Já o número de pacientes com suspeita de zika vírus chegou a 51 – número seis vezes menor do que foi computado em 2017, quando 244 pessoas apresentaram sintomas da doença.

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